ENTÃO PRA QUE DEMOCRACIA? (2)

Democracia dá mais competitividade a um país? Não necessariamente.
Democracia aumenta o PIB per capita de um país? Não necessariamente.
Democracia aumenta o IDH de um país? Não necessariamente.

Então para que democracia? Bem, a resposta poderia ser outra pergunta, como “Você trocaria sua liberdade por benefícios econômicos?

Já falei antes, mas não custa repetir que estamos há algum tempo no Projeto Democracia trabalhando e estudando vários índices que possam medir a democracia de uma região. É um trabalho árduo onde ninguém ganha financeiramente nada com isso (o que para alguns amigos é um enigma). O fazemos porque achamos importante defender a democracia e para saciar uma curiosidade inerente à espécie humana. Buscamos fazer cruzamentos entre variáveis de fontes diferentes para buscar correlações interessantes e que não estejam muito claras, além de testar algumas hipóteses. Para isso trabalhamos com uma coleção de quase 20 índices de cerca de 200 países. Trabalhamos com índices como EIU Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, com dados do V-Dem Varieties of Democracy da Universidade de Gotemburgo, da Freedom House, PNUD da ONU, Pew Research, Transparência Internacional entre outros.

Uma das coisas que mais me chama a atenção é que nas últimas décadas países autocratizados tem obtido algumas marcas satisfatórias em parâmetros que antes eram exclusividade da democracia que se espalhou pelo mundo no pós Segunda Guerra. Muito tem se falado nesse sentido por diversos autores. Para ficar em apenas três índices me refiro neste artigo ao PIB per capita, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e Índice de Competitividade Global. Países como China, Emirados Árabes, Qatar, Arábia Saudita, Tailândia entre outros tem conseguido índices invejáveis, se olhados apenas com o olhar economicista de desenvolvimento deixando de lado a “socialeza”, ou seja, a natureza do campo social.

Em nosso projeto tentamos buscar quais os índices que apresentam maior correlação com a Democracia. E não raro nos deparamos com correlações que são muito boas no último terço superior dos índices democráticos e que que nos índices mais baixos a correlação desaparece, com países autocratizados com índices ruins e outros porém com índices tão bons quanto os mais democráticos. Isso frustra nosso anseio de buscar uma equação que explique, justifique e incentive a adoção da democracia como princípio e valor a ser preservado. O único índice que os países não conseguem entregar valores aceitáveis é o de Liberdades Civis. Não há como melhorar os outros índices, se mantendo um país como autocracia sem diminuir as liberdades da população.

Neste estudo interessante neste link (no site linkado existem 2 gráficos selecionáveis nas abas, acima à esquerda) temos a possibilidade de verificar isso com muitos dados. Busquei a comparação do Índice de Democracia da EIU – The Economist Intelligence Unit com 4 outros índices: Liberdades Civis da Freedom House, IDH do PNUD (ONU), PIB per capita (PPP em US$) e Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial. Indo já para a conclusão o índice de maior correlação com o EIU Democracy Index é o Índice de Liberdades Civis.

https://public.tableau.com/views/DemocraciavsLiberdadeIDHPIBeGCI/DadosporRegime?:display_count=y&:origin=viz_share_link

Dados utilizados que estão nos gráficos:

Eixo x:
1) EIU Democracy Index 2018 da The Economist Intelligence Unit, de 1,00 (menos democrático) a 10,00 (mais democrático);
Eixos y:
2) Índice de Liberdades Civis 2018 da Freedom House, de 0 (menor liberdade) a 60 (liberdade plena);
3) Índice de Desenvolvimento Humano 2018, PNUD-ONU, de 0,000 (nenhum desenvolvimento) a 1,000 (desenvolvimento pleno);
4) PIB per capita 2018, em paridade de poder de compra e em dólar americano;
5) Índice de Competitividade Global 2019, do Fórum Econômico Mundial, que varia de 0,00 (menos competitivo a 100,00 (mais competitivo).
Cores:
6) Tipologia de Regime, de acordo com o estudo Regimes of the World 2016 do V-Dem Institute, divididos em Autocracia Fechada, Autocracia Eleitoral, Democracia Eleitoral, Democracia Liberal e Nulo (países não categorizados).

Achados sobre correlação (aba correlação e tendência no gráfico, acima à esquerda).

A correlação entre duas variáveis – neste caso o EIU Democracy Index e os indicadores de 2, 3, 4 e 5 dos eixos y – pode ser medida por um Coeficiente de Determinação, conhecido pelo símbolo de R2, que é uma medida descritiva da qualidade do ajuste obtido entre as variáveis. Quanto mais próximo de 1,0000 maior o ajuste e/ou a correlação entre as variáveis.

https://public.tableau.com/views/DemocraciavsLiberdadeIDHPIBeGCI/Correlaoetendncia?:display_count=y&:origin=viz_share_link

Estes são os resultados:

2) Liberdades Civis: R2=0,901.
3) IDH: R2=0,451
4) PIB per capita: R2=0,363
5) Competitividade: R2=0,488

Conclusão

Destes 4 índices o que mais tem correlação com o EIU Democracy Index é o Índice de Liberdades Civis da Freedom House. Isso confirma que democracia hoje é uma opção muito mais social, muito mais humana do que economicista ou desenvolvimentista. Um país pode buscar obter melhores índices de PIB per capita, IDH e Competitividade sem preocupação em manter uma democracia mas não sem um custo de deterioração das liberdades civis. Então democracia não é um regime para garantir “casa, comida e roupa lavada e passada” para um povo. Nos gráficos vemos que a democracia não impede que isso aconteça, justamente pela liberdade das pessoas escolherem isso. Via de regra, não há índices ruins nas democracias liberais. Já nas autocracias (fechadas ou eleitorais) pode-se obter bons índices, porém não com liberdade.

Então para que democracia? Eu diria que é a única opção humana. O que você acha?

Podcast 5 | Cidades como solução

Se o lixo e a poluição são gerados nas cidades, por que esperamos solução de países?
E como cuidamos das cidades? O que podemos fazer?

Links:

Cidades tentando resolver a mudança climática, Wired: https://www.wired.com/story/cities-climate-change-equity-paris-agreement/

Radinho de Pilha no Spotify: https://open.spotify.com/show/69nw6NiQZ7BnUYbvTPmyBP

Crianças e a pedestrialidade das cidades, City Lab: https://www.citylab.com/life/2019/10/walkability-economic-mobility-income-health-walkable-cities/600571/?utm_source=facebook.com&utm_medium=social&utm_campaign=fastco&utm_content=edit-swap&fbclid=IwAR1sgLmkCBsYB8O0SFCcF2zhlS8pkIvxFJwDo8ogdCeE4IXFUs18MIxo0sI

Augusto de Franco, sobre Capital Social: http://humana.social/as-defasagens-do-conceito-de-capital-social-do-ponto-de-vista-das-redes/

O desaparecimento do Estado-Nação, The Guardian: https://www.theguardian.com/news/2018/apr/05/demise-of-the-nation-state-rana-dasgupta?fbclid=IwAR1OKQ4GH86QJRlACo-Zhy_BS0XkpvtzwI2qpM1lovFZIm63KwuYCSz6eck

Augusto de Franco, Emancipação da pobreza: http://humana.social/emancipacao-da-pobreza-em-uma-sociedade-em-rede/

Augusto de Franco, A independência das cidades: https://www.slideshare.net/augustodefranco/a-independncia-das-cidades

MAIS CONEXÕES LEVAM A MAIS DEMOCRACIA?

Essa talvez seja a observação mais incomum que se possa fazer, a de que um número maior de conexões de internet seja causa ou efeito de mais democracia em um país. Mas construímos esta hipótese apoiados no conceito de Capital Social. E não é que parece haver uma correlação forte mesmo? O conceito de capital Social está baseado na capacidade de um grupo de realizar conexões livres e voluntárias entre si, para resolver um problema comum ou de outra(s) pessoa(s) ou simplesmente sem um objetivo específico senão a própria interação. O capital social é essa capacidade, ou melhor, essa facilidade de conexão. Como o Augusto de Franco diz, Capital Social é um conceito político que não pode ser medido com uma métrica específica, pois depende graus de separação, distribuição e conexão. Ou seja, rede! Se trata de pessoas e redes, uma espécie de “socialeza” para fazer um paralelo com a natureza. Se a natureza trata dos fenômenos naturais, a socialeza trataria de fenômenos sociais. Como dito por ele, “A interatividade não é o número de interações por segundo e sim a abertura à interação com o outro-imprevisível”.

Já falei antes, mas não custa repetir que estamos há algum tempo no Projeto Democracia trabalhando e estudando vários índices que possam medir a democracia de uma região. É um trabalho árduo onde ninguém ganha financeiramente nada com isso (o que para alguns amigos é um enigma). O fazemos porque achamos importante defender a democracia e para saciar uma curiosidade inerente à espécie humana. Buscamos fazer cruzamentos entre variáveis de fontes diferentes para buscar correlações interessantes e que não estejam muito claras, além de testar algumas hipóteses. Para isso trabalhamos com uma coleção de quase 20 índices de cerca de 200 países. Trabalhamos com índices como EIU Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, com dados do V-Dem Varieties of Democracy da Universidade de Gotemburgo, da Freedom House, PNUD da ONU, Pew Research, Transparência Internacional entre outros.

Medir o Capital Social de um grupo tem se mostrado uma das coisas mais difíceis. Não existe um marcador objetivo para essa medida de rede. Quando buscamos os dados nos institutos de pesquisa o que encontramos normalmente são dados sobre liberdades civis (que tem uma grande correlação com democracia) mas que sozinhos não entregam tudo que buscamos, pois estão relacionados por exemplo a estado de direito, direito de organização e associação, direitos individuais, legislação, quando não outros mais ligados à questões econômicas. Ou seja, não conseguimos encontrar um levantamento completo de vários países sobre a interatividade livre e voluntária entre as pessoas. Então daí começa o levantamento de hipóteses para um levantamento por dados indiretos.

É aqui que entra a hipótese de que um número maior de IP (Internet Protocol) per capita seja um indicativo, um proxy de maior facilidade de conexão entre pessoas. Mais endereços IP per capita, maior possibilidade de conexões entre pessoas. E não é que parece haver uma correlação forte mesmo? Acompanhe no gráfico dinâmico linkado aqui:

1) Eixo x: EIU Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, de 1,00 (menos democrático) a 10,00 (mais democrático);
2) Eixo y: Índice de Liberdades Civis da Freedom House, de 0 (menor liberdade) a 60 (liberdade plena);
3) Diâmetro da bolha: número de IP’s (Internet Protocol) per capita pela ip2location;
4) Cores das bolhas: Tipologia de Regime, de acordo com o estudo Regimes of the World 2016 do V-Dem Institute, divididos em Autocracia Fechada, Autocracia Eleitoral, Democracia Eleitoral, Democracia Liberal e Nulo (países não categorizados).

Dados do Brasil:
EIU Democracy Index: 6,970
Liberdades Civis: 47
IP’s per capita: 0,400
Regime: Democracia eleitoral

Conclusões:

a) O nível de democracia (eixo x) é total e diretamente dependente do índice de liberdades civis (eixo y), seja qual o instituto que busquemos. Neste caso, o Freedom House;

b) As tipologias de regime estão distribuídas, como era de se esperar de autocracias fechadas com menos democracia e menos liberdades civis até democracias liberais com maiores índices de democracia e maior liberdade civil, havendo fronteiras não muito definidas entre os regimes em relação aos índices por se tratar de parâmetros de institutos diferentes;

c) O MAIS INTERESSANTE: os países mais democráticos e com mais liberdades civis são, via de regra, os países com maior IP per capita. Isso talvez seja mais um indício do que uma conclusão, mas é muito importante. Maior conexão pode levar a mais liberdade e democracia, ou uma outra relação de causa e efeito a respeito destes três marcadores. A grande maioria dos países com IP per capita alto são Democracias Liberais. Isso também pode explicar a outra ponta, onde autocracias se preocupam cada vez mais em restringir o acesso à internet.

É uma conclusão importante mas não suficiente. Já observamos essa ligação entre Democracia, Liberdade Civil e Conexão per capita. Ainda temos muito a explorar, investigar e aprender. Seguimos.

QUAL A MELHOR MANEIRA DE DIMINUIR A CORRUPÇÃO?

E se eu te disser que é através de mais democracia? E se eu te falar que a limpeza total da corrupção não é condição “sine qua non” para se ter mais democracia?

Existe restrição à liberdade de imprensa em uma democracia? Não, absolutamente não.
Existe corrupção em democracias? Sim, mas em menor escala.
Existe imprensa livre em autocracias? Não, absolutamente não.
Existe corrupção em autocracias sem liberdade de imprensa? Sim, em larga escala.

Estamos há algum tempo no Projeto Democracia trabalhando e estudando vários índices que possam medir a democracia de uma região. É um trabalho árduo onde ninguém ganha financeiramente nada com isso (o que para alguns amigos é um enigma). O fazemos porque achamos importante defender a democracia e para saciar uma curiosidade inerente à espécie humana. Buscamos fazer cruzamentos entre variáveis de fontes diferentes para buscar correlações interessantes e que não estejam muito claras, além de testar algumas hipóteses. Para isso trabalhamos com uma coleção de quase 20 índices de cerca de 200 países. Trabalhamos com índices como EIU Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, com dados do V-Dem Institute da Universidade de Gotemburgo, da Freedom House, PNUD da ONU, Pew Research, Transparency International entre outros. 

Um desses cruzamentos (já feito no ano passado com dados anteriores) é este gráfico atualizado com 4 variáveis:

1) EIU Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, que mede a democracia de um país, variando de 0,00 a 10,00;
2) Clasificação de regime da The Economist Intelligence Unit, que classifica um país dem Autoritário, Regime Híbrido, Democracia com Falhas e Democracia Plena, de acordo com o Índice de Democracia EIU;
3) Índice de Liberdade de Imprensa do Repórteres Sem Fronteiras, variando de 0,00 (mais livre) até 100,00 (menos livre) e,
4) Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, variando de 1 (mais corrupto) a 100 (menos corrupto).

Nota-se que os países mais democráticos são aqueles onde a imprensa é mais livre e a percepção de corrupção é menor. Já nos mais autoritários, com regimes muito menos democráticos a imprensa é muito menos livre e a percepção de corrupção é alta em muitos casos. Há casos de autocracias onde a percepção é menor? Sem dúvida, mas não sem uma liberdade de imprensa menor. Pois então, se não existe uma imprensa que posso investigar livremente, quem pode garantir que não exista corrupção? Como a imprensa pode investigar denúncias de corrupção em um estado autocrático?

Corrupção sempre vai existir em maior ou menor grau já que a condição natural para que ela aconteça é que pessoas (pelo menos duas) entrem em acordo para obter uma vantagem em detrimento de todo restante das pessoas. Claro que isso precisa ser combatido sempre, mas através de investigação e da lei. O sentimento de purificação, purga, de punição a qualquer custo, de limpeza “se limpando nos outros” é nefasto para a democracia. Isso só diminui os níveis de democracia e pode fazer o efeito inverso, ou seja, gerar mais corrupção. Para o combate à corrupção existem as leis. Para se combater a corrupção é preciso – além das leis e investigação – ainda muito mais liberdade de imprensa e mais democracia. Sem elas não há possibilidade de combate à corrupção. Quando vemos na última pesquisa Datafolha 22% dos entrevistados dizerem que “Tanto faz se é uma democracia ou uma ditadura” e 14 meses antes esse número era de 13%, chega a assustar o caminho que estamos trilhando.

Veja o gráfico e responda: 
a) Qual a tendência da LIBERDADE DE IMPRENSA quando vamos dos países mais autoritários para os mais democráticos? Aumenta ou diminui? 
b) Qual a tendência da PERCEPÇÃO DE CORRUPÇÃO quando vamos dos países mais autoritários para os mais democráticos? Aumenta ou diminui?

Eis aqui os dados do Brasil: 
1) EIU Democracy Index 2018: 6,97;
2) Classificação EIU de regime: Democracia com falhas;
3) Índice de Liberdade de Imprensa: 32,79
4) Índice de Percepção de Corrupção: 35

Esses são dados de 2018, antes do atual governo. A pressão feita sobre a imprensa em 2019 inevitavelmente irá se refletir numa piora no Índice de Liberdade de Imprensa onde hoje já ocupamos o posto de 105º em 180 países.

Concluindo: Não existe democracia sem imprensa livre e não existe combate à corrupção sem imprensa livre.

ENTÃO PRA QUE DEMOCRACIA?

Mais dinheiro traz democracia? Não! E mais democracia traz mais dinheiro? Não!
Mais liberdade traz mais dinheiro? Não! Mais dinheiro traz mais liberdade? Não!
Mais democracia traz mais felicidade? Não! Mais felicidade traz mais democracia? Não também!

Mas então por que democracia?


Estamos há algum tempo no PROJETO DEMOCRACIA trabalhando e estudando vários índices que possam medir a democracia de uma região. É um trabalho árduo onde ninguém ganha financeiramente nada com isso (o que para alguns amigos é um enigma). O fazemos porque achamos importante e para saciar uma curiosidade inerente à espécie humana. Buscamos fazer cruzamentos entre variáveis de fontes diferentes para buscar correlações interessantes e que não estejam muito claras, além de testar algumas hipóteses. Para isso trabalhamos com uma coleção de quase 20 índices de cerca de 200 países. Trabalhamos com índices como o Democracy Index da The Economist Intelligence Unit, com dados do V-Dem / Varieties of Democracy da Universidade de Gotemburgo, da Feedom House, PNUD da ONU, Pew Research entre outros.

Uma conclusão a que chegamos é que não há nada que prove que níveis de democracia maiores tragam vantagens financeiras, desenvolvimento econômico para uma população ou – recentemente estudado nos dados do IDH 2019 – nem desenvolvimento humano. Em muitos casos este problema é uma visão economicista que liga desenvolvimento humano (entre outros indicadores) à geração de riqueza (PIB per capita). Existem muitos outros problemas nestes índices. Quando se fala de saúde se mede em alguns casos a quantidade de serviços médicos por habitante. Só isso não garante que a população seja mais saudável, mas sim que esteja mais medicada. Quando se fala de educação se mede a quantidade de tempos de estudo. Só isso não mede a inteligência tipicamente humana de uma população. Democracia não tem nada a ver com estes indicadores, ou melhor, não se encontra uma correlação entre a democracia e estes indicadores. Então para quê democracia?

Uma correlação que conseguimos encontrar por regressões lineares é a relação entre liberdades civis e democracia. Isso se encaixa perfeitamente dentro do conceito de política de Espinoza, onde a finalidade da política não é outra coisa senão a liberdade. Hoje com os dados que temos podemos corroborar o seu pensamento. Para isso o Capital Social seria um excelente marcador. Porém é dificílimo obter sua medida.

O que realmente gostaríamos de encontrar é uma equação que nos desse uma métrica para obter a liberdade e o capital social de qualquer grupo social, esteja ele onde estiver. Esteja dentro de um país, de uma cidade, de um bairro ou até dentro de um condomínio, por exemplo. Partimos do pressuposto que Capital Social é a cooperação ampliada socialmente, ou seja, a capacidade de um grupo se modificar para encontrar uma solução em conjunto de um problema comum, sem a intervenção de uma instituição pública, de um governo ou empresa.
Eu, particularmente, sonho com uma espécie de tricorder da série Star Trek que pudesse medir o Capital Social de um ambiente. Porém é muito difícil encontrar uma medida objetiva disso.

Então o que é democracia? É uma instabilidade introduzida dentro de uma cultura patriarcal. Democracia como modo de vida é a constante desconstituição de autocracias e o nosso trabalho no Projeto democracia é, resumidamente, trabalhar na busca de um marcador para medida de democracia e liberdade, pois entendemos que não há uma razão de existência humana que não seja a liberdade.

Outro projeto derivado do Projeto Democracia é o Projeto Casa da Democracia. Este projeto parte de 5 constatações: 1) Não existe democracia sem democratas; 2) Os democratas sempre foram minoria e vão continuar sendo e estes têm que ensejar a formação de uma opinião pública democrática; 3) Democratas não são liberais apenas no sentido econômico do termo e sim liberais-políticos; 4) Tão poucos liberais-políticos como somos, não somos capazes de cumprir o papel de defender a democracia e 5) Na época em que vivemos a aprendizagem democrática é um imperativo. O objetivo é facilitar o surgimento de fermentadores da formação de uma opinião pública democrática através de 8 itinerários de aprendizado.

Concluindo: Mais democracia traz mais liberdade? Sim! Mais liberdade traz mais democracia? Sim!

Podcast 4 | IA vs Empregos

Se o seu trabalho pode ser substituído por uma máquina, porque você ainda está fazendo este trabalho?

Quais as mudanças que deverão acontecer no seu Job Description nos próximos anos?

Ouça, se quiser. Comente!

Links:

Fast Company: https://www.fastcompany.com/90432588/new-study-better-educated-workers-will-be-most-affected-by-ai?partner=rss&utm_source=facebook.com&utm_medium=social&utm_campaign=rss+fastcompany&utm_content=rss&fbclid=IwAR1o8LuqurYpcxoRwQbi6f2_rgCB-Hueijq84hlP9i81UftUo3aZ58O47_4

Brookings Institution: https://www.brookings.edu/research/what-jobs-are-affected-by-ai-better-paid-better-educated-workers-face-the-most-exposure/

PodCast 3 | Mídias Socias, Liberdade e Redes Sociais

O quanto são importantes as redes sociais para a ampliação da liberdade e da inteligência das pessoas? Qual a importância de estabelecer conexões fora do seu cluster? Qual o risco de abrirmos mão da liberdade nas redes/mídias?

Links:

Freedom House: https://freedomhouse.org/report/freedom-world/freedom-world-2018

Freedom on The Net: https://www.freedomonthenet.org/report/freedom-on-the-net/2019/the-crisis-of-social-media

Augusto de Franco, Emancipação da pobreza em uma sociedade-em-rede: http://humana.social/emancipacao-da-pobreza-em-uma-sociedade-em-rede/

The Dark Psychology of Social Networks: https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2019/12/social-media-democracy/600763/?fbclid=IwAR26KzpO4EkErRoZPrT3BAC7DJ32yZSxRuaxAkLvoy7ph6p4zZdP5r88xtI

Kids Raised in Walkable Cities Earn More Money As Adults: https://www.citylab.com/life/2019/10/walkability-economic-mobility-income-health-walkable-cities/600571/?utm_source=facebook.com&utm_medium=social&utm_campaign=fastco&utm_content=edit-swap&fbclid=IwAR1sgLmkCBsYB8O0SFCcF2zhlS8pkIvxFJwDo8ogdCeE4IXFUs18MIxo0sI

Podcast 2 | Jornada do Cliente, Atrito e Pain points

Qual o principal atrito que seu cliente enfrenta durante a compra?
Como é a jornada de compra do seu cliente?
Como é a jornada de compra do seu cliente no seu concorrente? Melhor ou pior?
Como construir uma Jornada do Cliente?

Ouça, se quiser!

Inova Business School: www.inovabs.com.br

Podcast -1 | Startups precisam de Método Científico

Mais um! episódio -1 (menos 1) do Podcast @renatojcec. Por que as startups precisam do Método Científico?

O que há de errado com as startups? Por que tantas falham?
Não está na hora de puxar o freio de mão e pensar cientificamente?

Ouça, se quiser!

Links:

Artigo HBR, What the Lean Startup Method Gets Right and Wrong: https://hbr.org/2019/10/what-the-lean-startup-method-gets-right-and-wrong


Guta Orofino: https://www.mariaaugusta.com.br


Marcelo Pimenta: https://mentalidades.podbean.com


Rene de Paula Jr, Radinho de Pilha: https://radinhodepilha.com


Inova Business School: https://www.inovabs.com.br


Unità Faculdade: https://www.unitafaculdade.com.br


Inova Consulting: http://www.inovaconsulting.com.br